Inteligência Artificial no Autismo: Quando a Tecnologia Encontra a Empatia

20/05/2025

Por Esdras Dantas de Souza – Advogado e Diretor de Estudos e Pesquisas do Portal Azul

A ciência está abrindo caminhos surpreendentes para apoiar as famílias atípicas e os profissionais que atuam com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um dos avanços mais promissores dos últimos tempos vem da união entre a neurociência e a inteligência artificial (IA), que está sendo usada para melhorar o diagnóstico e ampliar as possibilidades de intervenção no autismo, desde a infância até a vida adulta.

Pesquisadores em diversas partes do mundo estão utilizando algoritmos de aprendizado profundo — uma vertente sofisticada da IA — para analisar padrões de comportamento que muitas vezes escapam ao olhar humano. Expressões faciais, entonação da voz, tempo de resposta e outros dados são processados por sistemas inteligentes capazes de sugerir sinais precoces de autismo com alta precisão. Mais do que diagnósticos, essas tecnologias também estão sendo aplicadas na criação de ferramentas de comunicação adaptativas, que ajudam pessoas autistas a se expressarem com mais autonomia e segurança.

No Portal Azul, acreditamos que a tecnologia deve servir à inclusão, nunca ao isolamento. E quando usada com responsabilidade e propósito, a inteligência artificial se torna uma poderosa aliada para garantir que o respeito à diversidade seja mais do que um discurso — seja prática cotidiana. Por isso, apoiamos e incentivamos a divulgação de pesquisas, inovações e políticas públicas que coloquem as famílias, os profissionais e as pessoas autistas no centro da transformação.

Porque onde há empatia, deve haver também inovação. E onde há amor, o futuro se constrói com ciência e sensibilidade.